quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um novo jubileu



Steve Keen, um economista a ler e reler (vale o esforço), defende um jubileu como primeiro passo para uma solução sistémica. Mesmo que não se concorde com a terminologia ou a exequibilidade, é mais um prego no caixão da estafadíssima ideia de que não há alternativas.

É disto que precisamos, na minha opinião. De rebater as parvoíces reaccionárias e moralistas com um argumento moral e respectivas extensões técnicas. Porque o problema da dívida é, no seu cerne, moral. E, enquanto não decidirmos olhar para ele de forma moral e simbólica, enquanto reduzirmos o problema a soluções matemáticas e engenharias regulatórias, será impossível encontrar um caminho que nos motive. Até hoje, as rupturas sociais não foram dominadas por equações, mas por proposições morais.

E uma citação:
"Então façam soar a trombeta no décimo dia do sétimo mês; no Dia da Expiação façam soar a trombeta por toda a terra de vocês. Consagrem o quinquagésimo ano e proclamem libertação por toda a terra a todos os seus moradores. Este será, para vós, um ano de jubileu, quando cada um de vocês voltará para a propriedade da sua família e para o seu próprio clã." Levítico, 25: 9-10


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