segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Carta aberta ao Senhor Primeiro Ministro


Este texto foi publicado hoje no Facebook pela sua autora.

Exmo Senhor Primeiro Ministro

Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome "de guerra". Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.

Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui. Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui. Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.

Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais dificil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos. Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.

Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. "És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro." - disseram-me - "Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção". Fiquei.

Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. "Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom curriculo, arranjarei trabalho num instante". Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira 'congelada'. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como "nativa". Tinha como ordenado 'fixo' 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro ministro, só tinha 24 horas...

Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci - felizmente! - também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.

Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.

Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar...

Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer? Que devo responder ao meu filho de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores - e cada vez mais raros - valores: um ser humano em formação.

Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro.

E como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus.

Myriam Zaluar, 19/12/2011

46 comentários:

  1. Desculpa la Myriam, mas es uma frustrada do caracas...
    O primeiro ministro pode ser uma besta, que nunca teve de trabalhar na vida, mas tu falas do que fizeste na tua vida como se fosse uma grande coisa.

    Ja ha muito tempo que devias ter emigrado, antes disso se tornar um problema.
    Alem do mais, os teus rendimentos de 4 mil euros anuais fazem-me concluir que pouco contribuis com impostos para o teu pais. Como raio dizes que ja trabalhaste mais e deste mais ao teu pais que o sacana do PM?

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  2. (so agora reparei que isto nao e um blog da autora do texto...mas fica o comentario a mesma :o))

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  3. Acho bestial quem diz mal de quem ganha pouco!

    Se é muito é porque é muito. Se é pouco é porque trabalham pouco.

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  4. Acho uma piada danada quem critica a autora deste texto, mas não tem nem metade da sua coragem! Com certeza deve ter o rei na barriga...Enfim.

    Força Myriam!

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  5. Ups, nao a critico por ganhar pouco.
    Critico-a por achar que, por ganhar pouco, tem direito ao que quer que seja e vir dizer "descobri que a culpa nao e minha". Que arrogancia...
    Alias, isso e geralmente prova de que a culpa e mesmo da pessoa...
    E a tipica filha da sociedade dos "entitlements".

    Quanto a criticar quem ganha muito, nao me viste criticar mais ninguem, pois nao?
    Alias, eu nao tenho problema absolutamente nenhum com quem ganha muito, a nao ser que o ganhe de forma corrupta e/ou desleal.

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  6. Ricardo,

    Deves achar-me uma piada do caracas :o). E, especialmente, que tenho o rei na barriga (especialmente porque nao sabes a minha historia).

    Quanto a nao ter metade da sua coragem, estas no teu direito de dizer isso. Afinal, podes dizer o que quiseres. Nao devias (porque nao sabes nada de mim) mas estas no teu direito!

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  7. Caso estejas interessado (que nao deves estar), emigrei ha 2 anos para os Estados Unidos e cheguei ca com a minha mulher (que nao pode trabalhar por causa da legislacao) com 2 malas na mao cada um.
    Isto saindo de um t3 completamente mobilado em Portugal, sem casa ca a minha espera, nao porque ganha-se pouco em Portugal (ja que ganhava mais para trabalhar a partir de casa dai para esta mesma empresa onde estou ca), mas porque tive tomates para deixar a minha familia e amigos para vir para um pais novo fazer vida (por visao de que isso seria melhor para mim e para a minha familia).

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  8. Deixar a família e amigos, não é uma questão de tomates, é o contrário.
    Permanecer junto da família e amigos é um direito! Fazer esse esforço exige coragem e espírito de sacrifício.
    Mas tu deves-te dar bem nesse país asqueroso, espero que nunca mais voltes!

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  9. "De todas as suposições absurdas da humanidade sobre a humanidade, nada excede a maioria das críticas feitas sobre os hábitos dos pobres pelos bem-alojados, bem aquecidos e bem alimentados." Herman Melville

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  10. "Isto saindo de um t3 completamente mobilado em Portugal, sem casa ca a minha espera, nao porque ganha-se pouco em Portugal (ja que ganhava mais para trabalhar a partir de casa dai para esta mesma empresa onde estou ca), mas porque tive tomates para deixar a minha familia e amigos para vir para um pais novo fazer vida (por visao de que isso seria melhor para mim e para a minha familia)."

    Parece que não tomas decisões muito inteligentes!!!
    Estou nos EUA desde 1997 e parece-me um absurdo a tua postura. A senhora está na situação que está porque em Portugal não existem opotunidades e o país funciona por compadrios. Claro que a culpa não é dela!

    Pensar que imigrar é a solução que se apresente a um povo, sobretudo vinda pelo líder do governo é no mínimo uma caricatura de um país e de um governo. Mas talvez aí no Utah as coisas sejam diferentes...

    Imigrar não é ter visão, é ter que chegar à triste conclusão que o país onde nascemos e vivemos não tem as condições para nos realizarmos enquanto seres humanos na plenitude das nossas capacidades, e que outros países sim têm essas condições... onde é que está essa grande coragem que apregoas? Uns sacrificam a família, a língua, a cultura, as relações sociais, tudo aquilo de dá sentido às suas vidas para imigrar, outros sacrificam o potencial financeiro que imigrar pode apresentar para preservar a família, a língua, a cultura, as relações sociais, tudo aquilo de dá sentido às suas vidas. Uma decisão não é mais merecedora que a outra, depende da personalidade e do carácter de cada um.

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  11. @Rudeboy, direito?! Tem juizo!
    A unica coisa a que temos direito quando nascemos e a morrer.
    Fora o resto, tudo tem de ser conquistado.

    Quanto a este ser um "pais asqueroso", quem te dera a ti!

    @Luis Goncalves, porque nao tomo decisoes muito inteligentes?
    A situacao no meu pais cada vez esta pior, estou muito feliz e orgulhoso de ter saido quando sai! (pena nao ter saido mais cedo mesmo...).

    Quanto a em Portugal nao haverem oportunidades e a culpa nao ser dela, desculpa la...ela e que decidiu viver em Portugal. Tem a opcao de sair, logo, e culpa dela estar na situacao em que esta.

    Emigrar e uma solucao que se apresente a um povo sim. Nao e politicamente correcto dize-lo mas, e racional faze-lo.

    Emigrar e ter visao, quando sais antes de ficares numa situacao ma.
    Eu podia ficar em Portugal e daqui a uns anos estar a choramingar...mas, em vez disso, mudei-me.

    Quanto a uma decisao nao ser mais merecedora que a outra, claro que nao. E uma coisa mesmo muito pessoal! Mas, a partir do momento em que ela se queixa e choraminga, da-me toda a autoridade de comentar :o).

    Cumprimentos,
    Luis Silva

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  12. Ela queixa-se porque o governo de Portugal em vez de ter políticas para que os portugueses possam ter vidas plenas em Portugal, convida os portugueses a sairem. Se isso não lhe parece estranho é porque tem um visão do mundo muito distorcida. O senhor imagina o presidente dos EUA convidar os americanos a imigrar para resolver os problemas económicos do país?

    Portugal não é um país pobre e tem tudo para ter um povo próspero. É essencial que o sector civil se manifeste contra as políticas que levaram o pa;is a esta situação... não é só essencial, é saudável e a sua atitude de calar quem fala vem dentro da atitude de ovelha que não se quer em democracia. Que o senhor não tenha o que é necessário para entender questões tão simples como estas são outros quinhentos... é uma coisa que não se compra nem se ganha quando se imigra, ou se tem ou não.

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  13. A decisão má é que você descreve uma vida "tão boa" que tinha em Portugal que a decisão de imigrar claramente não teve nada de económico.

    é bom que se sinta tão feliz por ter imigrado, tenho a certeza que há pessoas em Portugal que também se sentem feliz por ter tomado essa decisão. Já eu não estou nem feliz nem orgulhoso de ter aceite o convite de vir para aqui. Estou feliz e orgulhoso com as escolhas que fiz na minha vida e de ter conseguido sempre manter a integridade de carácter e a perspectiva de visão sempre que tomei uma decisão, e de ter também mantido a capacidade de entender que cada um segue o seu caminho e há muitos caminhos e não tentar diminuir os outros por achar que ter sido forçado a viver noutro país é uma grande conquista...

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  14. Luís Miguel Silva, caracterizar a autora como "frustrada" diz mais de si que dela. Poderíamos discutir o tema da sociedade dos "entitlements", a sua ilusão meritocrática ou a sua visão moralista da responsabilidade individual. No entanto, como se considera no direito de caracterizar alguém como "frustrada" e acha que o Ricardo Alves não pode fazer considerações a seu respeito, quer-me parecer que esse verniz de capitão da indústria e empreendedor é só isso: verniz.

    Acrescento que também sou migrante e fiquei horrorizado com as declarações do primeiro-ministro. Revela aquilo que já sabemos: Portugal é, hoje, um país ocupado e governado por decreto. Passos Coelho não passa de um verdugo. E, enquanto pessoas como você tiverem necessidade de afirmar a cultura do respeitinho, de achar que os cargos e os títulos têm sempre razão, Portugal não irá a lado algum. Por isso, acho que está muito bem nos Estados Unidos. Fique por aí. Está no seu direito. Conhecendo o país e o individualismo delirante, é essa a sua zona de conforto.

    E faça um favor a quem o rodeia: ponha mais uns dólares no altar da Goldman Sachs (essa divindade nada corrupta) e vá bambolear-se para Las Vegas ou coisa parecida.

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  15. Luis Goncalves,

    Como acho que ja disse, nao e politicamente correcto o primeiro ministro dizer isso.
    Mas, se formos racionais, faz todo o sentido.

    Temos imensos custos com o Estado Social que criamos pelo que, quanto mais pessoas desempregadas sairem do pais, mais dinheiro o Estado poupa (sao menos gastos com subsidios de desemprego, saude, etc).

    Alem do mais, a maior parte dos emigrantes depois volta e tras dinheiro ganho la fora (injectando dinheiro na nossa economia que foi tirado de outra), ja para nao falar que vai a Portugal passar ferias e gastar dinheiro tambem.

    Como disse, de um ponto de vista racional e objectivo, faz todo o sentido o que o gajo disse.
    Do ponto de vista do "politicamente correcto", ficou-lhe muito mal!

    E la esta, ha coisas muito mais graves em Portugal que devemos tratar primeiro (como a corrupcao e uma justica que nao funciona), mas a verdade e que o que o gajo disse faz sentido.

    Quanto a ma decisao de vir para ca quando tinha uma vida boa em Portugal, e claro que tevem a ver com factores economicos. E por isso estava a falar de ter visao para sair.
    Nao esperei que as coisas ficassem mal e pus-me a andar para ca...

    Pensa nisto, eu estava a trabalhar remotamente e era esta empresa que me assegurava a maior parte do meu salario (trabalhava a recibos para outros sitios mas, nem trabalhando em 4 outros sitios ganhava sequer metade do que ganhava a trabalhar para os Americanos). Se a empresa tiver problemas, quem sao os primeiros a ser despedidos? Os que trabalham remotamente e os que estao fora da sede.

    Nisso e que estou a dizer que tive visao...lamento ser tao dificil para ti compreenderes isto.

    E ninguem e forcado a viver em lado nenhum. Ela claramente tomou a opcao de ficar, logo, esta-se a foder.
    Mae solteira e com um curso sem saida, sao tudo opcoes pessoais que a prejudicaram...

    Nao me fodam agora a dizer que "a culpa nao e minha". As pessoas tem de ser responsaveis por si. (ora ai esta uma coisa que nos ensinam ca nos Estados Unidos, ou ainda nao aprendeste isso nos 14 anos que ca vives?).

    Quanto a ficarem felizes por eu ter emigrado, quem ficou nao e meu amigo e invejoso, que e um dos grandes problemas do nosso pais.

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  16. @Luis Bernardo,

    Eu nao disse que o Ricardo nao podia fazer juizos de mim, disse que NAO DEVIA, porque eu, ao contrario da gaja que escreveu o texto, nao tinha contado nada sobre a minha vida :o).

    Ela abriu-se no texto, contando a sua vida, como se fosse um martir, e uma vitima de Portugal. Eu comentei.

    Quanto a eu achar que cargos e titulos tem sempre razao, hmm...nao sei como chegaste a essa conclusao? Tal como disseste, eu acredito em MERITO, nao em titulos (so por titulos)...

    O primeiro ministro nao disse "saiam do pais, emigrem todos". O que disse foi "quem esta com dificuldades em arranjar emprego, deve manter os olhos abertos para oportunidades noutros paises de lingua portuguesa".

    Estamos com uma taxa de desemprego a 12.5%. Quanto mais pessoas emigrarem, mais emprego fica e menos pessoas para o Estado sustentar.

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  17. Mas nos EUA toda a gente basicamente trabalha a recibos verdes! Aqui podem-te por na rua quando bem lhes apetecer... a diferença que o senhor reconheceu é que aqui há sempre outras oportunidades (ou havia...)

    E o senhor está muito enganado se acha que o que trouxe Portugal a esta situação foram os serviços sociais ou que o estado sustenta alguém. Aliás, fazer esse tipo de afirmação só mostra que o senhor fala do que não sabe... talvez fosse altura de dar uma olhada aos orçamentos de estado dos últimos 25 anos.

    Isto não tem nada a ver com politicamente correto, tem a ver com confiança e competência política. Repito a pergunta: imagina o presidente Obama, ou qualquer outro presidente norte americano sugerir à população que imigre para resolver os problemas económicos do país? E acha que ele não faz isso por ser politicamente correto? Imagina algum governador de estado sugerir aos seus cidadãos irem viver para outro estado para resolver os seus problemas económicos? será por miopia?

    Talvez você ande a ver muito a FOX e já se esqueceu de que país é que está a falar...

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  18. Se há coisa que aprendi nos 14 anos que cá vivo é que o melhor da política acontece quando as pessoas se levantam e olham para os governantes nos olhos e os desafiam a serem melhores e quando as pessoas se livram da mediocriade política... as ovelhas são o cancro da democracia e da excelência...

    O que os EUA nos ensinam é exatamente isso, as pessoas têm que ser responsáveis pelas suas ações, é por isso que exigimos o melhor de quem foi eleito para gerir o nosso destino, mas para quem tem um entendimento simplório do mundo e entende este país de uma forma simplista e simplória, acha que isso quer dizer pisar nos que são vítimas da hipocrisia e incompetência política.

    Se está a pensar que vou descer ao nível do seu palavreado, típico de imigrante deslumbrado, está muito enganado, esse nível fica melhor em si que em mim. Felizmente, ainda vou conseguido defender as minhas ideias sem ter que ir ao esgoto, e é muito fácil, é só ter argumentos e educação.

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  19. Concordo, quem ficou feliz não é seu amigo nem invejoso. (Talvez seja melhor o senhor começar a escrever em inglês...)

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  20. @Luis Goncalves,

    Sem duvida que, aqui, "toda a gente trabalha a recibos", e eu acho muito bem!
    O Estado nao tem de ser "proteccionista" e as pessoas tem de ser responsaveis e livres de falhar.
    No inicio descobrir isso assustou-me, mas rapidamente cheguei a conclusao que faz todo o sentido.

    Estas a por-me palavras na boca porque, tal como disse la em cima:
    "E la esta, ha coisas muito mais graves em Portugal que devemos tratar primeiro (como a corrupcao e uma justica que nao funciona), mas a verdade e que o que o gajo disse faz sentido."

    Tenho perfeita nocao que nao foram os apoios sociais o problema mais grave. O que disse (e que nao percebeste), foi que o Estado Social nao e sustentavel e, por essa razao, ajuda a situacao do pais ter menos desempregados a usar servicos sociais.

    Aqui nos Estados Unidos nao e preciso sugerir isso, porque as pessoas sao inteligentes o suficiente para chegarem a conclusao de que, caso nao tenham emprego onde vivem, tem de se mudar.

    E tambem nao discordo que as pessoas tem de se revoltar contra o governo (quando o governo e corrupto - nao porque nao lhes da o que elas acham ter direito).
    Quanto ao descer ao nivel do meu palavreado, olha que nao e tipico de emigrante deslumbrado, e mesmo tipico de alguem que nasceu no Porto :o).

    E sim, sou Libertario com tendencias (economicas) conservadoras, pelo que gosto da Fox sim.

    Para terminar, nao disse que quem ficou feliz nao e meu amigo e E invejoso. Escrevi foi sem acentos (se fosses inteligente tinhas reparado que nao escrevi uma unica palavra com acentos - porque estou a usar um teclado Americano).

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  21. Luís Miguel Silva, aquilo a que chama libertarianismo parece ser objectivismo. Talvez queira saber que a Ayn Rand passou os últimos anos da vida na mesma situação dos parasitas que os objectivistas adoram criticar. Se fosse realmente libertário, não trataria a Myriam por "gaja" "frustrada", não adjectivaria as suas tendências económicas com um adjectivo moral e não diria que as pessoas só se podem revoltar contra o governo quando o mesmo é corrupto. Você tem um discurso machista e reaccionário. A Fox não é libertária, é reaccionária e corporativa. Libertário é o Lawrence Lessig.

    Um governo que sugere, aos seus eleitores, a saída do país, está a reconhecer a sua impotência e incompetência. A emigração contemporânea é uma perda económica elevadíssima, dado o investimento público na educação. Para não discutirmos questões do foro afectivo, que são laterais para si, mas importantes para seres humanos reais.

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  22. "Um governo que sugere, aos seus eleitores, a saída do país, está a reconhecer a sua impotência e incompetência. A emigração contemporânea é uma perda económica elevadíssima, dado o investimento público na educação. Para não discutirmos questões do foro afectivo, que são laterais para si, mas importantes para seres humanos reais."

    Simples!

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  23. "quem ficou nao e meu amigo e invejoso"

    "quem ficou feliz nao e meu amigo e E invejoso"

    Não é questão de acentos, é saber escrever... quanto à questão do Porto, ok, até entendo, conheço bem o fenómeno eheheheheh




    Libertário não significa cada um por si. Mesmo os libertários reconhecem o valor da comunidade e a garantia de serviços; ou o acesso à saúde/educação/justiça deveria ser só para quem tem dinheiro ou qualquer pessoa deveria poder ter um míssil nuclear em casa se tivesse dinheiro para isso?

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  24. Sugiro-te a leitura deste artigo, para perceberes porque e que os "Libertarians" tem tantas parecencas com os Objectivistas:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Libertarianism_and_Objectivism

    (ja agora, tu que sabes escrever tao melhor do que eu, deverias saber que a palavra "libertarianismo" nao existe em Portugues).

    Nao percebo porque dizes que tenho um discurso machista? E porque a Myriam e mulher?? Se fosse um gajo dizia exactamente a mesma MERDA :o). Estas a tentar tornar isto num "straw man", tentando por palavras...nos meus dedos :o).

    Quanto a primeira frase que escrevi, falhou-me uma virgula. Mil perdoes, deve ter sido extremamente dificil para ti conseguires perceber o que quis dizer.

    Quanto a segunda frase, queria dar enfase ao "e" e, sem querer, repeti-o em maiscula.

    Estas de tal forma sem argumentos que sentes necessidade de me apontar erros tipograficos (nao gramaticos) para ficares por cima?

    E la estas tu, novamente, a virar as palavras para tentares ficar por cima.
    Desafio-te a mostrares onde raio e que eu disse que ser libertario significa cada um por si?

    A minha afirmacao foi: sou libertario com tendencias (economicas) conservadoras.
    E, para responder as tuas perguntas:
    - sim, direito a saude e educacao deve ser so para quem tem dinheiro para pagar esses servicos;
    - nao, a justica deve ser acessivel a todos (porque e vital para o sucesso de uma sociedade)
    - sim, cada pessoa deveria poder ter um missil nuclear em casa se tivesse dinheiro para isso (nao pode e infringir a liberdade dos outros pelo ter).

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  25. Esta carta tem suscitado muitas “agressões” verbais a sua autora, por gente que pensa como Luís Miguel Silva.
    De facto e perante a crise em que estamos a passar em Portugal, não deixa de causar perplexidade alguém vir fazer certo tipo de comentários, roçando o ódio aqueles que se sentem insultados quando convidados a abandonar o pais depois de anos de carreira e investimento no mesmo.
    Talvez o senhor não o compreenda porque como refere os americanos e que lhe asseguravam grande parte do salário, talvez não saiba que o problema vem de raiz, que esta entranhado na grande maioria do patronato português, que se vem aproveitando deliberadamente da fraca intervenção do estado no que toca a fiscalização das condições de trabalho. Talvez ignore que exista, actualmente, uma subversão no que toca a legislação laboral, quando falamos em empresas de Outsourcing. Talvez ignore que os jovens que coitados, burros, optam por se instruir, pagam uma factura cara, quando andam a procura de emprego, uma vez que para trabalhos em que se exigem menos qualificações uma pessoa com formação universitária já não presta. Talvez se não estivesse bem como diz estar nos Estados Unidos se tivesse em Portugal a tentar arranjar emprego ou condições para definitivamente emigrar, que também exige alguns recursos financeiros, como deve saber tão bem, entenderia o conteúdo desta carta publicada.
    Agora uma coisa e certa acha mesmo que os jovens que hoje emigram se vão mesmo preocupar em enviar dinheiro para Portugal? Eu se fosse a si não teria tanta certeza.

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  26. Jovem inexperiente,

    Deixa-me dizer-te uma coisa, enquanto estive em Portugal, trabalhava em 5 sitios a recibos verdes e sempre paguei os impostos associados a esse trabalho.
    Se leste com atencao o que essa Myriam escreveu, depressa concluis que ela deve a seguranca social porque nao cumpriu com a lei.
    Eu nunca tive problemas em trabalhar a recibos, por uma razao muito simples:
    - sou bom no que faco;
    - sempre regateei o meu salario, de forma a ganhar o suficiente para pagar impostos (nunca me iludi com essa coisa do "salario bruto");
    - e sempre fiz um bom trabalho, nunca deixando que abusassem de mim.

    Alem do mais, eu proprio sou emigrante. Qual o problema disso??
    E um desrespeito do caracas virem certas pessoas (que nao tem onde cair mortas) dizer que nao tem nada que emigrar, e que o Estado lhes deve mundos e fundos (especialmente quando, ao mesmo tempo, se queixam do salario miseravel que tem e sempre tiveram, e de como sao maes solteiras). A leitura que voces fazem disso e: "oh, coitadinha". A leitura que eu faco e: "nunca pagaste impostos e estas prai a mandar vir, como se fosse algo degradante ser emigrante".
    Degradante e ficar por ai e passar fome.

    Quanto a pessoas terem formacao universitaria, quero la saber dessa merda. Ou sabes fazer, ou nao sabes. E, se nao sabes, nao es util para a sociedade...

    Ha pessoas que pensam que um curso superior lhes garante emprego, mas nao e assim que as coisas funcionam.
    E o mesmo se passa com os professores (ou, em especial, com eles), que pensam "vou para a via de ensino e tenho emprego garantido na funcao publica".
    Se pensas que estou a ser injusto, pensa um pouco nisto. Quantas vezes viste professores a queixarem-se de nao ficarem colocados OU por nao ficarem colocados na area onde vivem?!
    Que outro emprego funciona assim? Onde um gajo tira um curso e acha que, por magia, vai ter trabalho para o resto da vida e que nao vai ter de se esforcar para o manter (ou fazer o sacrificio de se mudar, caso necessario)?

    Quanto a fraca intervencao do estado no que toca a fiscalizacao das condicoes de trabalho, isso passa-se porque o nosso pais e uma MERDA.
    E que nao e a funcao do Estado fazer o que quer que seja quanto a fiscalizacao de trabalho (bem, a nao ser que te obrigem a trabalhar de graca).

    Um contrato de trabalho e um CONTRATO. Logo, tens de cumprir com as condicoes que la estao escritas (porque o assinaste de livre vontade).

    Agora, se ha patroes abusadores e porque ha pessoas burras e mediocres.
    De mim NUNCA ninguem abusou.

    Sabes o que respondia quando me diziam "para esse salario vamos ter de o contratar a recibos verdes"?
    Simples, "sem qualquer problema, assim tambem me posso despedir mais facilmente caso nao esteja satisfeito com as condicoes de trabalho".

    O nosso pais esta mesmo muito mal habituado, estamos a criar uma sociedade de "entitlements", onde toda a gente acha que o mundo lhes deve tudo...E as coisas nao funcionam assim. A VIDA, nao e assim.

    Sabes o que costumo dizer ao pessoal que se queixa do trabalho de merda que tem? Dou-lhes varias solucoes!
    a) muda de emprego!
    b) emigra
    c) muda de area...

    Se achas que o patrao te paga pouco ou abusa de ti, so tens de procurar outro emprego.
    Se nao arranjas outro emprego a ganhar mais e com melhores condicoes, bem, das duas...tres! Ou nao es tao bom quanto achas, ou...o teu pais ja nao tem futuro, logo, emigra!

    Se, mesmo assim, acreditas assim tanto em ti (e os outros nao acreditam o suficiente para te pagarem um salario mais alto), abre a tua propria empresa e faz as tuas proprias regras.

    Posso soar a uma besta (para ti), mas estas regras simples tem-me tratado muito bem e a vida tem sido uma boa mae para mim.

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  27. Afinal o PR tinha razão... Há mesmo gentalha com vida fácil. É tudo simples. Emigra: tão fácil! Muda de emprego: simples! Claro! É tudo em pacote de abertura fácil. Arranjar empregos qualificados (ou não, isso já nem interessa) onde paguem mais de 400 euros por mês, há-os por aí aos pontapés! Ser respeitado pela entidade patronal, negociar salários, há lá coisa mais simples?

    Não explica como é que trata dos pais idosos, também não explica que talvez não lhe custe ver a família de ano a ano; não explica que os filhos talvez até achem piada à aventura, mas que também têm saudades dos amigos; não explica que as pessoas são diferentes — TÊM ABSOLUTO DIREITO A SÊ-LO — e algumas podem não se adaptar a viver longe da família e dos amigos. Não explica que viver no estrangeiro não é assim tão... simples. Tanta coisa por explicar para fazer tudo parecer óbvio, simples e maravilhoso. Deve achar que somos todos parvos e nenhum dos outros comentadores passou de Badajoz. Que ninguém aqui sabe exactamente, ponto por ponto, do que está a falar.


    Ao ler este tipo, a única coisa que parece difícil é um bocadinho de inteligência.

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  28. Helena, a vida nao e facil, habitua-te a isso. :o)
    Pelos vistos falta-te inteligencia para perceberes algo tao obvio...

    Eu muito gosto dos meus compatriotas, queixam-se de caralho mas mexerem-se e que nao!
    Afinal, se se mexerem, nao se podem queixar, e isso era uma chatice do caracas.

    Boa sorte para ti Helena! Com essa atitude, sem duvida que vais precisar. :o)

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  29. Experimente ler. Não escrevi em alemão. Pelo menos não desta vez...

    E não me trate por tu, que eu não lhe dei essa confiança.

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  30. @Luis Miguel Silva: Espero que todos os que pensam como o senhor emigrem, não fazem falta no Meu pais. Olhe, já agora não se escreve "não que ganha-se", escreve-se "não que ganhasse", parece-me que aprendeu a escrever no corrector ortográfico do telemóvel.

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  31. Bem por onde começar p dar resposta a mais um chorrilho de disparates!
    O Luisinho É um abençoado da natureza. Bem os portugueses pelo que da entender são uma escumalha porque aspiram a viver no seu próprio pais, e o pais tb, o q acaba por ser uma redundância visto uma pais ser composto por cidadãos.
    O seu discurso É ridículo e demonstra um profundo desconhecimento do que são hoje em dia as relações laborais em Portugal.
    Já agora se não É ao Estado que compete fiscalizar o que se passa entre trabalhadores e entidades patronais É quem a Igreja? Isto ate da vontade de rir..esta ideologias são muito bonitas na teoria porque na pratica a coisa já É diferente.
    Qualquer português tem o direito de emigrar como a permanecer no seu próprio pais. Se e a favor da destruição de um pais, bem como os direitos conquistados pelos trabalhadores portugueses pode sempre ir trabalhar para qualquer ditadura.
    Se calhar as Myrians deste Pais não cumprem a lei, porque tem de comer ao final do mês e tem filhos para alimentar e não conseguem por variados motivos emigrar em dois tempos.
    Faça um favor a si próprio e eduque-se.

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  32. @Helena, possa, es muito inteligente tu :o)
    Sabes Alemao e coisas sobre cenas dos mais diversos assuntos!
    Ja agora, nao sabia que precisava de ter algum tipo de confianca para dizer o que me apetecer, a quem eu quiser? :o)

    @pool crapper, a serio? a unica coisa que tens a dizer e o ter escrito mal "ganhasse"? Deves estar orgulhoso do teu poder de argumentacao :o).

    @Jovem inexperiente, nao acredito em divindades para afirmar uma coisa dessas mas, imagino que para um crente, sim, se possa dizer que sou abencoado por tudo o que tenho :o).
    Eu ça prefiro dizer que e pelo meu trabalho e esforco, mas pessoas invejosas preferem classifica-lo de sorte.

    Nunca disse que quem nao quer emigrar e escumalha. O que digo e que, quem se queixa do seu pais e nao emigra, e uma besta hipocrita.

    Quanto ao eu nao saber o que sao hoje em dia as relacoes laborais em Portugal, bem, so emigrei ha 2 anos...pelo que suponho que as coisas nao devem ter mudado assim tanto :o).

    Lamento que nao entendas a razao pela qual nao e necessario o Estado fiscalizar. Mas suponho que nao o percebas porque acreditas no Estado Social, ja que e muito bonito na teoria mas nao funciona na pratica (e tu nem sequer percebes porque).

    Mas eu passo a explicar...
    Quando assinas um contrato de trabalho, aceitas cumprir com as obrigacoes descritas nesse contrato e, em contrapartida, receber algo de volta (leia-se, o salario).

    Se a entidade patronal nao honrar esse o contrato, vais a tribunal e o Estado tem OBRIGACAO de resolver a disputa (de acordo com a lei em vigor e com o que o contrato diz).
    ...

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  33. ...continuacao...
    Mas la esta, eu compreendo que vos seja dificil compreender isso. Cresceram toda a vida numa sociedade de "entitlements", pelo que nunca perceberam o que e viver numa meritocracia ou quao bonito e ser responsavel e trabalhador.

    Quanto a qualquer Portugues ter o direito de emigrar como o de permanecer no seu proprio pais, estamos completamente de acordo (nao disse nada em contrario).
    E que a discussao nao e a volta do poder ou nao poder emigrar, e sim a volta do primeiro ministro ter dito algo politicamente incorrecto, onde, basicamente, disse aos cidadaos "se nao conseguem encontrar trabalho aqui, devem manter as opcoes abertas e avaliar a opcao de emigrarem".

    O gajo nao disse para ninguem emigrar, o que fez foi ADMITIR que nao esta a ver a coisa ficar muito melhor, e a aconselhar aos seus compatriotas a avaliarem outras possibilidades. E a parte de admitir que nao esta a ver a coisa ficar muito melhor e que lhe ficou muito mal e foi politicamente incorrecto fazer.

    Quanto aos direitos conquistados pelos trabalhadores, has-de me explicar quais sao esses direitos? O direito ao salario minimo? O direito a dezenas de feriados? O direito a ficarem MESES em casa com licenca de maternidade / paternidade? O direito de ficarem a trabalhar num sitio mesmo que sejam altamente incompetentes?

    Eu nao tenho de ir trabalhar para uma qualquer ditadura. Vim para os Estados Unidos, onde as pessoas sao tratadas mediante o seu merito: nao por titulos, nem por familias / castas, nem por nada a nao ser MERITO.

    Se as Myrians de Portugal nao cumprem a lei e porque sao criminosas. Nao quero saber as razoes pelas quais nao cumprem a lei.
    E, la esta, eu nao estou a por em causa as suas decisoes de vida. Ela vive num pais livre, onde pode fazer o que bem entender (e assim o fez, como tirar um curso sem saida, ser mae solteira, continuar a estudar, embora o curso nao tenha saida, nao pagar o IRS e nao ter emigrado [nao em dois tempos, como dizes, mas sim ao longo de mais de uma decada ja que, segundo ela, comecou a ter problemas de emprego logo aos 28 ou la o que foi]).

    O que estou a por em causa e ela nao tomar responsabilidade pelas suas decisoes e vir agora culpar o badameco do nosso primeiro ministro, que so esta la ha alguns meses, apenas porque o gajo disse algo politicamente incorrecto.

    p.s. Ja agora, aos meus compatriotas que tanto se preocupam com a minha ortografia, nao corrigem aqui o amigo Jovem Inexperiente? E que "pais" (e outras palavras que ele escreveu) escreve(m)-se com acento (la esta, eu nao escrevo porque nao uso um teclado Portugues ;oD - mas isso sou eu que sou uma besta! heheh).

    Continuem nessa atitude de eu e que sou mau, porque estou fora do pais e vos estou a tentar mostrar o porque e que estamos na merda em Portugal.
    Voces so se tornam patriotas em alturas estupidas...(como, por exemplo, quando puseram bandeiras na janela durante o Euro).

    Leiam um pouco sobre o resto do mundo e aprendam o que os outros estao a fazer bem (e o que estao a fazer mal), e tentem mudar essa merda de pais.

    E se tiverem de emigrar, EMIGREM.

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  34. Olhem um bom exemplo de como e a culpa e do sistema...
    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bavou_SEj1E#!
    Sistema estupido! Obriga as pessoas a serem responsaveis e a pensarem antes de agir...NAO E JUSTO!

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  35. http://www.youtube.com/watch?v=XkKVtcr-rj4
    Alguem me ha-de explicar onde e que o gajo mandou os cidadaos emigrar.
    O reporter perguntou-lhe: "o primeiro ministro aconselhar-los-ia a abandonarem a sua zona de conforto e procurarem emprego noutro sitio?"
    E o gajo respondeu: "Angola, mas nao so Angola, o Brasil tambem, tem uma grande necessidade ao nivel do ensino basico e do ensino secundario de mao de obra qualificada e de professores.
    nos sabemos que ha muitos professores em Portugal que nao tem nesta altura ocupacao. E, o proprio sistema privado nao consegue ter oferta para todos.
    Nos estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, portanto, nos proximos anos, havera muita gente em Portugal que, das duas, uma:
    - ou consegue, nessa area, fazer formacao e estar disponivel para outras areas (ou querendo-se manter, sobretudo, como professores), podem olhar para todo o mercado de lingua Portuguesa e encontrar ai uma alternativa, isso e perfeitamente possivel".

    Voces sao uns fodidos...a crucificarem o gajo por algo que nao disse.
    Se o querem crucificar, ao menos facam-no por bons motivos.

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  36. eu sei escrever pais, simplesmente o meu teclado ta n tem acentos, pelo q n tive problemas em deixar assim a palavra..certo q algumas estao c acentos pq pus o texto em word, q n corrije o acento.mas n e isso q esta em causa, nem o seu merito, ou a inveja q diz q os outros tem de si.
    numa historia existem sempre duas versoes, por mais q n queiramos esforçar-nos para ve.las.
    conheço mta gente q quer emgirar mas n tem condiçoes nem p ir ate Badajoz.conheço mta gente desempregada licenciada n licenciada. conheço mta gente a recibos em q as entidades q contratam ou n pagam ou pagam e exigem condiçoes em n conformidade com a lei, mas q por vezes tem q se sujeitar p subsistir. E lamentavel e q uma pessoa q diz ter emigrado, suponho q em busca d melhores condiçoes, n e capaz de aceitar q ao contrario de si, existem pessoas a quem a vida n corre tao bem.
    Em dois anos as coisas mudaram e vao mudar ainda mais..
    Nao o conheço d nenhum lado nem vice-versa para me dizer q eu n sei o que e ou n e a Meritocracia..
    Quanto ao q o 1º ministro disse foi realmente num contexto especifico, mas cm e 1ºministro e tem as responsabilidades q tem n o deveria ter dito. mas cm e apesar de la estar ha uns meses e ter a qualidade q tem nao ´e surpreendente..

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  37. Entao tudo bem, acho que estamos (mais) de acordo.
    So acho e que as pessoas que nao estao satisfeitas com a sua vida devem lutar por uma vida melhor (quer isso seja em Portugal ou no estrangeiro).
    Eu nao me acredito em divindades, pelo que acho que esta ao alcance de nos fazer sempre melhor e estar sempre melhor!
    Temos e de nos lembrar, SEMPRE, que temos de ser responsaveis pelas nossas accoes!

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  38. Querem impigir- nos a ideologia barata de q n somos competentes, q n trabalhamos, poder´´a existir mta gente q n quer trabalhar mas muita com capacidades mas sem conseguir. Os jovens deste pais n tem uma vida facil, por isso abandonam este pais, que notara a sua perda a medio longo prazo. E dps ai pode ser q se lembrem de nos.sejams professores ou outra coisa qq.

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  39. Para tratar as pessoas por tu é preciso confiança, sim. E para faltar ao respeito, upa, upa!!!

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  40. Helena, nunca na minha vida tratei ninguem por tu para lhe faltar ao respeito.
    Se for para faltar ao respeito mando as pessoas para o caralho ou nao falo para elas (pura e simplesmente).
    Portanto, desculpa se te ofendi, mas nao foi essa a minha intencao.
    Tambem, deixa que te diga, ofendeste com muito pouco.

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  41. Olá Luís,
    Quero que entenda que respeito a sua opinião em relação ao texto em questão. Não posso, também, deixar de lhe dar a razão do ponto de vista fiscal, a falta de contribuição para com o país da Myriam. Claro que, tal falta, não se deve por fuga fiscal, mas por insuficiência nos rendimentos. E isso não tira a ninguém, enquanto ser vivo, de expressar a sua opinião.
    Admiro a sua coragem de iniciar uma nova vida fora de Portugal, como também admiro a coragem da Myriam em lutar por aquilo que acredita em Portugal.
    Em ambos os casos, todos nós devemos o respeito ao Luís e à Myriam pelas decisões que tomaram.
    Boas Festas a todos,
    Bruno Ervedosa

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  42. Para o Luís Silva (só podia!) só tenho um adjetivo: VERGONHOSO!!!!

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  43. Obrigado Anonimo, e muito educado (e equilibrado) da tua parte.

    AG, com muito orgulho meu caro.

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