segunda-feira, 19 de março de 2012

Atrás do dinheiro e das balas

Lida esta notícia do Público espanhol, lembrei-me de ir ver o que diz a Arms Transfers Database, produzida pelo excelente SIPRI, a respeito das exportações de armamento da República Federal da Alemanha para os desvirtuosos da periferia. Os totais dizem respeito às exportações globais e colocam as transferências para os cinco desgraçados em perspectiva. Os valores estão expressos em milhões de dólares à taxa de câmbio de 1990 e representam valores indicadores de tendências do próprio SIPRI.


Coisas a olhar com alguma atenção:
  • a posição global da Grécia;
  • evolução das exportações alemãs a partir de 2005; 
  • dados voláteis para Portugal (não existem entre 1994 e 2010 (ou seja, antes da compra de submarinos à GSC - Ferrostaal));
  • ciclo 2007-2010.
  • valor global das exportações militares alemãs
É por isto que, quando ouvirmos Wolfgang Schäuble perorar sobre a austeridade e Angela Merkel a exigir aquilo que Philip Rösler lhe tiver soprado ao ouvido, mais vale esquecermos as analogias nazis e todas essas idiotices germanófobas. Mais vale usarmos as nossas energias para seguir o dinheiro e as balas. Se quisermos descobrir podridão, basta descobrir os dólares com cheiro a pólvora. Nos últimos 20 anos, a Alemanha reunificada foi o terceiro maior exportador mundial de armamento, de acordo com os registos do SIPRI:


Como diria o outro: é a maquinaria pesada, estúpido. E o mercado, essa divindade a quem as balas não furam a carne.

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