sexta-feira, 9 de março de 2012

A ética das classes

Não vai ser citado ou discutido em Portugal. Ou na Europa. Onde a economia moral dominada pela visão do empreendedor-cruzado e da aura libertadora da ganância parece estar a morrer, mas ainda não surgiu algo que a substitua. Este estudo, na sequência de novas tendências na economia e psicologia comportamentais, mostra porque devemos abater a instituição do respeitinho e por que razão as desigualdades socioeconómicas destroem as estruturas sociais e solidárias em que baseamos o nosso quotidiano. Entre outras razões e reflexões. Para ler com um grão de sal (e saltar a análise estatística, caso desagrade), mas para ir pensando nos moralismos de pacotilha debitados pela classe capitalista portuguesa.
É aproveitar e ler, antes que a National Academy of Science me obrigue a tirá-lo de circulação.

Citações especialmente para Alexandre Soares dos Santos e Isabel Vaz: 

"These findings suggest that upper-class individuals are particularly likely to value their own welfare over the welfare of others and, thus, may hold more positive attitudes toward greed." 
 "The availability of resources to deal with the downstream costs of unethical behavior may increase the likelihood of such acts among the upper class."  

 "Is society’s nobility in fact its most noble actors? Relative to lower-class individuals, individuals from upper-class backgrounds behaved more unethically in both naturalistic and laboratory settings."

Na íntegra:
PNAS-2012-Piff-1118373109

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