terça-feira, 3 de maio de 2011

À saúde das armas, que é tudo para o bolso privado



Quatro anos depois, a autora desta curiosa declaração preside à Comissão Executiva da Espírito Santo Saúde.

O Grupo Espírito Santo, é sabido, está em posição privilegiada para comparar a rendibilidade das balas e dos transplantes.

De facto, dá vontade de rir. Uns qualificam €10.000 mensais brutos de jornazeca para classe média-baixa e €1000 mensais um salário de miséria. Outras riem-se, ao falar da saúde como negócio e da indústria do armamento.

Entretanto, sabemos que o poveco, essa mole de gente devassa e consumista, tem obrigação de baixar as orelhas quando a trupe banqueira regurgita a torrente da inevitabilidade, dos cortes e das privatizações, ao som dos trompetes e tubas da comunicação dita "social". Não é que a saúde seja melhor gerida por entidades privadas. É que dá lucro, cheira a dólar e a bónus, sabem. E os cortes dão tanto jeitinho...

Quem sabe, sabe. E qual era o banco que sabia sempre mais?

(o vídeo foi encontrado numa postagem excelente do José Maria Castro Caldas, no Ladrões de Bicicletas)

Um comentário:

  1. Muito bom, excelente ângulo, caro Luís! :) Deixo este http://www.who.int/bulletin/volumes/82/2/PHCBP.pdf paper, um verdadeiro clássico, onde Kenneth Arrow expõe as razões pelas quais a saúde não é um mercado.

    Abraço,

    Paulo Coimbra

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