“Nada ilustra melhor as encruzilhadas políticas, os interesses particulares e a miopia da Economia neste momento dominante na Europa do que o debate acerca da restruturação da dívida soberana Grega. A Alemanha insiste numa reestruturação profunda – pelo menos 50% de perdas para credores obrigacionistas – enquanto o Banco Central Europeu insiste que qualquer restruturação da dívida deve ser voluntária. [...]
O comportamento do BCE não deve surpreender: como temos visto noutros lados, as instituições que não são democraticamente escrutináveis tendem a ser capturadas por interesses particulares. Isto foi verdade antes de 2008; infelizmente para a Europa – e para a economia global – o problema não foi adequadamente tratado desde então.”
*Tradução de excerto do texto Capturing the ECB de Joseph E. Stiglitz. Publicado também aqui.
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